terça-feira, 29 de março de 2011

O Mobiliário Medieval

A Idade Média deixou poucos registros de mobiliário. Os poucos exemplares são provenientes de igrejas e mosteiros, pois neste período eram frequentes as batalhas, invasões e mudanças constantes. De maneira geral, a vida era rude, até mesmo para os nobres. Havia pouca mobília, que era transportada em viagens.

Os móveis eram dispostos ao redor das paredes dentro do espaço. Os espaços não possuíam funções definidas, como dormir, cozinhar, receber. Nas primeiras cidades, era comum uma família compartilhar um grande salão, onde eram colocadas camas e mesas, muitas vezes movimentadas de acordo com a necessidade.

Ilustração do arquiteto francês Viollet –le-Duc.

Exemplos do móvel medieval: o faldistorio, uma cadeira sem encosto, mais usada no ambiente religioso; e o trono de Dagoberto, feito em bronze, desmontável.

O faldistório

Trono de Dagoberto, em bronze, séc. IX.

O mobiliário medieval também possuía múltiplas funções, como por exemplo, a arca-banco. Móveis de assento também serviam para guardar ou armazenar utensílios, assim como alguns modelos eram desmontáveis ou dobráveis, demonstarndo a preocupação em transportá-los.

A mobília nesta época possui aspecto mais rude e austero, geralmente com dimensões pouco proporcionais. O requinte do mobiliário estava ligado mais ao trabalho executado na madeira do que aos materiais empregados. Esta austeridade e rigidez do móvel medieval refletem alguns aspectos da sociedade na qual estavam inseridos.

Arca-banco do período gótico.

Cattedra, derivada do modelo romano.

Camas com dosséis: privacidade, proteção e diferenciar pessoas de hierarquias diferentes dentro de um mesmo cômodo, já que os espaços eram compartilhados por muitas pessoas. Almofadas são colocadas sobre os móveis, que ainda não são estofados. São feitos de madeira e sobre o assento é colocada a almofada, para diminuir a dureza.

O Sonho de Santa Úrsula, de Vittore Carpaccio.

Anunciação, de Weyden (século XV).


(Fonte: históriadomobiliário)


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